quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Entrelaçamo-nos.

Entrelaçamo-nos. Corremos e entrelaçamo-nos.
Todos.
Nem sequer paramos para pensar porquê.
Sentimos.
Gostamos que assim seja. Forçamos que assim seja. E é tão bom, tão simples, tão intenso. Esta intensidade desdobra-se em momentos. Perfeitos momentos, diga-se. E é tão bom, tão simples, tão intenso.
Deixamos que o tempo se encarregue de parar o tempo. Se perco tempo com isso, são preciosos segundos que deixo de aproveitar. E não quero. Quero sentir-te. Hoje quero tanto sentir-te.

.LittleCharles

sábado, 17 de março de 2012

And so it is.

"-Why does he love her so much? I mean what is it about her?
-I dont´t know. I don´t think I´ve ever known. I think sometimes you get it right the first time and then it defines your life. It becomes who you are."

(.LittleCharles)...

terça-feira, 6 de março de 2012

Do vagarosamente lento ao estritamente preciso. Se preciso...


Vai um tal de fluir. Da casa sólida, da moradia bonita aos olhos dos seus moradores, plural ou apenas singular. Construída, pensada... óh, se pensada. Às vezes demais, outras nem por isso. E nessa inconstância marcava a sua diferença, a sua personalidade. Dizia-se bom morar por lá... ainda que talvez nem se pensasse muito nisso. Ninguém liga a coisas antigas, mesmo. Eu ligo. sempre liguei e quero permanecer assim. Mas também não é de mim que estamos a falar, pelo que vou prosseguir...

Como qualquer coisa antiga, a manutenção é premptória. Mas era tão bom morar lá dentro, que os seus inquilinos, ou inquilino - dependendo se plural, se singular, só se lembrava(m) que precisava de manutenção aquando do mau tempo. Da chuva. Do sol... mas não quando era muito sol. Só do sol...! (Por falar em Sol, adoro-o. Bah... mas não é de mim que estamos a falar. Vou prosseguir...).

Niguém se lembrou de a reparar... e a bonita moradia, antiga (mas não velha) foi subsistindo, ora por si, ora por benesses do tempo, benesses divinas... mas subsistia. Note-se que nunca pelo(s) inquilino(s). Limitava(m)-se a morar... no quente. Sem estima, carinho, preocupação. A sólida, bonita, antiga (mas não velha) moradia, que tanto lhe/lhes deu, pouco retorno teve. Nos dias de chuva, ia-se perdendo sempre mais um bocadinho de tinta, uma telha, um mísero parafuso (que à partida pouca falta fazia... tinha tantos, não é?).

O certo é que todas essas pequenas coisas foram fazendo a diferença. A bela da moradia, antigamente sólida, forte e robusta foi lentamente ruindo. Assim como o fio condutor desta conversa se foi perdendo, a aconchegante habitação também. De forma tão vagarosamente lenta que foi imperceptível para os seus inquilinos (ou inquilino). Diz-se por aí, que ninguém conseguiu sair a tempo. Nem se sabe se uma ou duas pessoas.

E hoje, quem por lá passa... prossegue a sua vida sem sequer se lembrar se outrora era um terreno baldio ou uma casa antiga (mas não velha), que esperou em vão para ser retocada.


.LittleCharles

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Chorar em público...

Decidi, após uma longa ausência, postar algo que me sensibilizou. Ou talvez porque sempre gostei do que ele escreve, ou porque me identifiquei desde cedo com certas formas de pensar. Talvez. Mas não só. Gosto... e gosto de não ter razão de gostar. Apenas "porque sim".
Que tudo passe rápido, que tudo se resolva sem dor. É o meu desejo. O desejo dele foi esse e ainda outro... e é tão bom ler declarações assim. Por momentos a Maria João ficou mais quentinha, sem doença, invadida pela cura do amor. Que assim permaneça.

"Quando sair este jornal, a Maria João e eu estaremos a caminho do IPO de Lisboa, à porta do qual compraremos o PÚBLICO de hoje. Hoje ela será internada e hoje à noite, desde o mês de Setembro do ano passado, será a primeira vez que dormiremos sem ser jun...tos.
...
O meu plano é que, quando me expulsarem do IPO, ela se lembre de ir ler o PÚBLICO... e leia esta crónica a dizer que já estou cheio de saudades dela. É a melhor maneira que tenho de estar perto dela, quando não me deixam estar. Mesmo ficando num hotel a 30 passos dela, dói-me de muito mais longe.
...
O IPO consegue ser uma segunda casa. Nenhum outro hospital consegue ser isso. Podem ser hospitais muito bons. Mas não são como uma casa. O IPO é. Há uma alegria, um humor, uma dedicação e uma solidariedade, bem-educada e generosa, que não poderiam ser mais diferentes da nossa atitude e maneira de ser - resignada, fatalista e piegas - que são o default institucional da nacionalidade portuguesa. É graxa? Para que tratem bem a Maria João? Talvez seja. Mas é merecida. Até porque toda a gente que os três IPO de Portugal tratam é tratada como se tivesse direito a todas as regalias. Há muitos elogios que, não obstante serem feitos para nos beneficiarem, não deixam de ser absolutamente justos e justificados.

Este é um deles. Eu estou aqui ao pé de ti. Como tu estás ao pé de mim. Chorar em público é como pedir que nada de mau nos aconteça. É uma sorte. É o contrário do luto. Volta para mim."


Miguel Esteves Cardoso – 28-11-2011


(.LittleCharles)

sábado, 27 de agosto de 2011

Para que conste.

Um post sem "apesar de", "ainda assim". Só para deixar registado, que isto de quem viaja tem muito que se lhe diga.
Eu já vivi um grande amor. E vivo-o.
A parti daqui está tudo dito.


.LittleCharles

domingo, 10 de julho de 2011

O sentido e a falta dele.


O sentido e a falta dele. Nós damos sentido ao que achamos que o tem. O oposto não nos faria sentido... simplesmente porque não nos mentalizamos que esse era o sentido correcto. Ou não queremos. Ou nascemos com um gene que nos diz que aquele não é o sentido correcto, mesmo que seja o errado. Mas dizem que somos livres. Livres de optar. Opto pelo que acho certo, diante do conceito que tenho de certo. Mas... então já não estarei influenciado?
Viro tudo ao contrario. Não aceitando o que acho não ser certo. Afinal, não depende tudo de mim? Sou um deus meu... um deus que depende da minha vontade, que depende da minha conduta. Um deus que depende tão somente de mim. Sempre com o poder de modificar as regras do jogo. Mudo o certo pelo incerto (corrijo: "suposto certo pelo suposto incerto"). Fará agora sentido? Não... sentido só faz aquilo que eu quiser que faça sentido. Se calhar já nem me apetece atribuir sentido nenhum. Opto por não mexer uma palha. Aceito... tão somente aceito.
Neste preciso momento, já estou influenciado.

.LittleCharles

sábado, 2 de julho de 2011

Sem filtro.

Tic-tac incessante. A "música das horas" nunca fez tanto sentido. E voltar...! De tempos partilhados e vividos... do entrelaçar, do sentir tudo ao mesmo tempo e com a intensidade máxima. Sem se deixar atormentar. A correria para o comboio... as horas perdidas, tão bem perdidas (entenda-se "perdidas"), tão depressa encontradas. De tempos ... esforços... vontades e afinidades. Da contemplação... tão somente da contemplação. Da simplicidade de tudo complexo que nos envolve. E sim, simplificamos. Simplifica-se. Fico perplexo com toda esta magia...! Se agradeço? Pois claro que sim. Nunca um obrigado foi tão sentido. Nunca um texto foi tão incompreendido. Nesta incompreensão fica a razão, a sensação e a paixão. Incompreendido? Talvez não... faz sentido ser relido num lugar sombrio, com vista para um clarão.

.LittleCharles